Mais de trinta anos te esperando, pedindo que aparecesse de uma vez e quando lembra de cruzar meu caminho eu não enxergo que nossa história deveria, só, começar. Tantas bocas e camas perdidas na tua espera, com ou sem prazer, felizes ou tristes, não importa como, e nem, talvez, o porque. Falsos amores, sentimentos truncados, quantas dúvidas e palavras jogadas fora, pra qualquer um, por qualquer dose de um carinho irreal. São pedras no caminho, degraus na minha escada, mais Ãngreme do que, à s vezes, posso suportar. Por isso, à s vezes paro, à s vezes sento, descanso, respiro, e olho para baixo para que ânimo que perco ao olhar para cima, volte. Desencontros, saudades escritas num e-mail, rostos que não se viram, vozes que nunca se ouviram, e mãos nos buscando através das letras de um querer virtual. Tristeza, hoje que se esconde, que me joga no sofá da esperança que chora. Chora a tua boca em outra boca, o teu corpo com outro corpo, o teu amar por um outro amar. Amar que não o meu, que tira alguém da minha estrada, que cruza minha vida, me distrai para me esquecer. Tenho tido sonhos bons, sentido tuas noites só e te fazendo companhia em todos os segundos do teu estar, atrelado a calma que eu não tenho, mas que tento. Que invento para não correr o risco, que me destrói ao pensar, de te perder de novo nos próximos trinta e seis anos de tormento sem que o teu coração pulse junto com o meu.
Autor da mensagem: Cris Barcia
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